O caso João Ferreira ou quando as máscaras caem

Estava longe de imaginar, quando escrevi o post "a insustentável leveza de Luís Duque", que as reacções à tomada de posição por parte do Sporting, que aí advogava,  tivessem consequências imediatas como a escusa de João Ferreira em arbitrar o jogo com o Beira-Mar.

E tinha razões para assim pensar pois, ao contrário do que muita gente possa estar a pensar agora, e como a imprensa hoje quer fazer crer, não foi a conferência de imprensa dada pelo presidente Godinho Lopes que fomentou tão estranha reacção. A decisão de João Ferreira já havia sido comunicada ontem, conforme hoje fez saber o seu presidente de corporação. E não podia nem deveria ser a supracitada conferência porque, além daquela ter decorrido em ambiente cordato, sem qualquer declaração inflamada, o que foi defendido pelo Sporting vai de encontro ao que há muito pedem os árbitros: a profissionalização e uma série de melhores condições que habilitem a classe a melhores desempenhos.

O que pode ter levado então João Ferreira a tomar tal atitude? Ainda segundo o seu presidente de corporação, terão sido
as declarações proferidas durante a semana, após o conhecimento da sua nomeação. Acontece que durante a semana o que se soube foi obtido de forma oficiosa e anónima que, até prova do contrário, não constitui vínculo à instituição. Daí também me inclinar para a opinião do Presidente da AG, Eduardo Barroso: o capitão "pode ser Ferreira" tem um enorme peso na consciência.

Perante isto, ou seja perante esta "coisa nenhuma", (uma vez que o Sporting nada disse que se assemelhe a pressão), poderíamos indagar sobre os atributos pessoais de João Ferreira para exercício a sua difícil profissão de militar, mas deixo isso para a caserna. O mesmo não poderá fazer a Liga, sob quem está a tutela da arbitragem. Infelizmente no futebol português campeiam os exemplos de pressões sobre os árbitros - basta lembrar o que foram os 2 últimos campeonatos - ou até o achincalhamento da classe por quem a tritura em proveito próprio e de que as escutas não deixam esquecer.

Não fora sabermos bem o que a casa gasta e acrescentaria que, mais uma vez, a APAF foi tão expedita a levantar-se em defesa do seu associado. Associação que há dois anos, pelo menos, nunca comenta as nuvens de fumo que LFV lança para esconder fracassos. Ou que nunca teve uma palavra a dizer sobre a forma como PdC e respectivos capos manobraram como marionetas aqueles a quem cabia à APAF defender, soterrando os que, por carácter,  não se vergaram ante a pressão e o nepotismo.

 Um post do blogue : "A NORTE DE ALVALADE"

5 comentários:

Leão de Alvalade disse...

Caro,
Obrigado pela referência.

JD

Dylan disse...

"Infelizmente no futebol português campeiam os exemplos de pressões sobre os árbitros - basta lembrar o que foram os 2 últimos campeonatos."

Eu só lamento que o autor do post se lembre apenas dos 2 últimos campeonato, talvez para beliscar o inimigo da segunda circular. Quanto aos outros campeonatos, mais concretamente a partir da década de 90, já não se lembra, talvez por não querer irritar o seu querido aliado a norte, o que talvez explique a situação em que se encontra o seu clube...

João Afonso Machado disse...

A propósito, caro Amigo: o Sporting não quererá permutar com o FCP um Paciência de Oliveira por um Pereira?

Táxi Pluvioso disse...

Hoje já é mais caro comentar, com a luz a 23%, temos que ser comedidos nas palavras, mas de facto não percebi nada desta coisa dos árbitros e o Sporting. E, como acho o futebol demasiado aborrecido, estes factos periféricos e as conferências de imprensa, dão-lhe movimento, e eu adoro, e os cabelos dos jogadores são uma aula de filosofia: mostram a rapidez da vida moderna. Antigamente, passados 10 anos, olhávamos para as fotos e dizíamos: "ei, olha aquelas roupas, olha aquele cabelo, credo como pareço um otário". Agora, já não é necessário esse intervalo, no próprio momento em que são usados, já são ridículos. boa semana e boa poupança de eletricidade.

The Mother of Mothra of ALL Bubbles disse...

mas de facto não percebi nada desta coisa dos árbitros e o Sporting. E, como acho o futebol demasiado aborrecido, estes factos periféricos e as conferências de imprensa, dão-me vontade de continuar no cabo
que induz à engorda ma dá pa mudar de canal